De que adianta tentar não mentir, se meus atos não possuem extensão humana quase alguma.
De que adianta tentar ser verdadeiro, se minha verdade tende para o vazio, para a inação, para a insensibilidade, e para a vaidade.
De que adianta tentar buscar a verdade, se busco a minha verdade, e não a “verdadeira” verdade. A verdade não é minha nem é de ninguém. A verdade em si mesmo, desacompanhada de atitudes, sem atos e sem comprometimento com o social, é morta, possui apenas sentido teórico e valor semântico. A verdade em si é desprovida de valores, mas vale muito para quem a ama e a busca, mesmo que chegar a essência de toda verdade possa ser algo utópico, talvez mesmo inalcançável.
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